Minhotos superam Eléctrico na Taça da Proliga
O Barcelos entrou com o pé direito na Taça da Proliga, vencendo a equipa da casa, o Eléctrico, em Ponte de Sôr, por 81-61. A maior experiência dos minhotos acabou por ser fundamental no desfecho da primeira meia-final da prova. Num período em que se lutou mais do que se jogou, a equipa do Barcelos acabou por terminar na frente (14-11), muito por culpa da sua supremacia no jogo interior, bem como pela paciência que demonstrou em saber atacar a defesa zona montada pelos alentejanos sempre que a bola era reposta na linha final. No Eléctrico, as dificuldades em ataque foram evidentes, em parte pela especial atenção defensiva a que foi sujeito o base alentejano Tiago Pinto, pelo treinador José Ricardo, que encarregou John Winchester desse papel especial. Depois de um período inicial de descontrolo total da equipa alentejana, onde apenas conseguiu os seus primeiros dois pontos do quarto passados 5 minutos de jogo (13-27), seguiu-se um bom período do Eléctrico, com um parcial de 10-0, com Tiago Pinto a surgir no encontro com 6 pontos consecutivos. A boa reacção da equipa de Ponte de Sôr, recolocou-a novamente na discussão do resultado, que apenas não foi mais evidente porque Winchester acabou a primeira parte exactamente do mesmo modo que a tinha iniciado a partida, a converter um lançamento triplo (32-25). Na segunda parte, depois de ultrapassado o nervosismo da responsabilidade do jogo, a qualidade, para bem do espectáculo, subiu substancialmente. A história do final da 1ª parte voltou a repetir-se no recomeço do encontro, com a equipa do Eléctrico a correr sempre atrás do prejuízo. Ao bom começo dos minhotos, que rapidamente chegou a dezena de pontos de diferença (37-27), respondeu o Eléctrico, encostando o resultado a 2 pontos (37-39). Foi o melhor momento dos alentejanos, que após esse resultado não mais ameaçaram o comando do marcador, acabando o período a perder por 12 pontos (57-45), após um triplo no último segundo de Ivo Gonçalves, uma das apostas – entrou para substituir o lesionado Bártolo Dias –, com sucesso, do treinador barcelense para este segundo tempo. No derradeiro quarto, a maior experiência dos comandados de José Ricardo acabou por favor toda a diferença. Os alentejanos bem tentaram várias soluções defensivas – zona e zona press – mas nada surtiu efeito, com Winchester a assumir a responsabilidade do desafio, passando a ser a principal referência ofensiva. Um triplo de Jorge Afonso, a 4.25 minutos do termo da partida (54-66), ainda trouxe algum alento aos alentejanos mas o coração já falava mais alto que a cabeça. Triunfo justo do Barcelos sendo a primeira equipa apurada para a final de domingo. Destaque nos vencedores, para John Winchester (35 pontos e 4 ressaltos) e Pedro Silva (16 pontos, 9 ressaltos, 3 roubos de bola, 3 desarmes de lançamento e 2 assistências), enquanto que no Eléctrico, Tiago Pinto (20 pontos, 9 assistências e 2 ressaltos) não foi suficiente para garantir a vitória.
No final do encontro o treinador vencedor José Ricardo era naturalmente um homem satisfeito. “Tal como previ o encontro decidiu-se nos detalhes. Gradualmente fomos cimentando o comando do marcador, nunca permitindo que o Eléctrico passa-se para a frente. Penso que os 20 pontos não espelham as dificuldades que tivemos de superar durante o encontro.” Já para Tiago Pinto, atleta dos alentejanos o 2º período marcou a partida. “Aquele largo período sem marcar pontos durante ao 2º quarto acabou por ser decisivo no desfecho do encontro. A partir daí tivemos de correr sempre atrás do resultado, sem nunca termos conseguido passar para o comando.”
O Barcelos entrou com o pé direito na Taça da Proliga, vencendo a equipa da casa, o Eléctrico, em Ponte de Sôr, por 81-61. A maior experiência dos minhotos acabou por ser fundamental no desfecho da primeira meia-final da prova. Num período em que se lutou mais do que se jogou, a equipa do Barcelos acabou por terminar na frente (14-11), muito por culpa da sua supremacia no jogo interior, bem como pela paciência que demonstrou em saber atacar a defesa zona montada pelos alentejanos sempre que a bola era reposta na linha final. No Eléctrico, as dificuldades em ataque foram evidentes, em parte pela especial atenção defensiva a que foi sujeito o base alentejano Tiago Pinto, pelo treinador José Ricardo, que encarregou John Winchester desse papel especial. Depois de um período inicial de descontrolo total da equipa alentejana, onde apenas conseguiu os seus primeiros dois pontos do quarto passados 5 minutos de jogo (13-27), seguiu-se um bom período do Eléctrico, com um parcial de 10-0, com Tiago Pinto a surgir no encontro com 6 pontos consecutivos. A boa reacção da equipa de Ponte de Sôr, recolocou-a novamente na discussão do resultado, que apenas não foi mais evidente porque Winchester acabou a primeira parte exactamente do mesmo modo que a tinha iniciado a partida, a converter um lançamento triplo (32-25). Na segunda parte, depois de ultrapassado o nervosismo da responsabilidade do jogo, a qualidade, para bem do espectáculo, subiu substancialmente. A história do final da 1ª parte voltou a repetir-se no recomeço do encontro, com a equipa do Eléctrico a correr sempre atrás do prejuízo. Ao bom começo dos minhotos, que rapidamente chegou a dezena de pontos de diferença (37-27), respondeu o Eléctrico, encostando o resultado a 2 pontos (37-39). Foi o melhor momento dos alentejanos, que após esse resultado não mais ameaçaram o comando do marcador, acabando o período a perder por 12 pontos (57-45), após um triplo no último segundo de Ivo Gonçalves, uma das apostas – entrou para substituir o lesionado Bártolo Dias –, com sucesso, do treinador barcelense para este segundo tempo. No derradeiro quarto, a maior experiência dos comandados de José Ricardo acabou por favor toda a diferença. Os alentejanos bem tentaram várias soluções defensivas – zona e zona press – mas nada surtiu efeito, com Winchester a assumir a responsabilidade do desafio, passando a ser a principal referência ofensiva. Um triplo de Jorge Afonso, a 4.25 minutos do termo da partida (54-66), ainda trouxe algum alento aos alentejanos mas o coração já falava mais alto que a cabeça. Triunfo justo do Barcelos sendo a primeira equipa apurada para a final de domingo. Destaque nos vencedores, para John Winchester (35 pontos e 4 ressaltos) e Pedro Silva (16 pontos, 9 ressaltos, 3 roubos de bola, 3 desarmes de lançamento e 2 assistências), enquanto que no Eléctrico, Tiago Pinto (20 pontos, 9 assistências e 2 ressaltos) não foi suficiente para garantir a vitória.
No final do encontro o treinador vencedor José Ricardo era naturalmente um homem satisfeito. “Tal como previ o encontro decidiu-se nos detalhes. Gradualmente fomos cimentando o comando do marcador, nunca permitindo que o Eléctrico passa-se para a frente. Penso que os 20 pontos não espelham as dificuldades que tivemos de superar durante o encontro.” Já para Tiago Pinto, atleta dos alentejanos o 2º período marcou a partida. “Aquele largo período sem marcar pontos durante ao 2º quarto acabou por ser decisivo no desfecho do encontro. A partir daí tivemos de correr sempre atrás do resultado, sem nunca termos conseguido passar para o comando.”
Penafiel supera Lusitânia
Equipa de Melnychuk na final da Taça da Proliga
Na segunda meia-final do dia, o CBP/Sentir Penafiel garantiu a presença na final deste domingo da Taça da Federação da Proliga, ao derrotar o Lusitânia, por 72-62. A equipa penafidelense continua a somar bons resultados, apresentando-se nesta final moralizada pelo bom desempenho conseguido, em particular na parte inicial da partida. Impressionou a forma determinada como a equipa de Penafiel iniciou a partida. Com uma defesa muito agressiva, interpretando muito bem os conceitos de ajuda e rotações defensivas, e no ataque a demonstrarem grande acerto nos lançamentos de campo, a diferença de 13 pontos (27-14) que se registava no final do 1º período, só não era mais dilatada graças ao desempenho ofensivo do base insular Daniel Monteiro. Mas não foi só no primeiro quarto que os penafidelenses evidenciaram agressividade. Denotando grande capacidade física, os comandados de Valentyn Melnychuk não aliviaram a grande pressão defensiva, colocando grande problemas ao ataque açoriano, enquanto ia desgastando o curto plantel dos insulares (apenas sete jogadores ). A vantagem chegou a subir aos 19 pontos (22-41), mas um parcial de 11-0, favorável ao Lusitânia, reequilibrou a marcha do marcador (33-41). Demorou algum tempo a estabilizar, mas aos poucos, sempre com Daniel Monteiro no comando das operações, agora mais a criar para os seus companheiros, o Lusitânia relançou o encontro depois deste parecer já ter o rumo tomado. A segunda parte desenrolou-se mais de acordo com as pretensões da equipa açoriana, já que o jogo passou a jogar-se mais em situações de ataque planeado, embora os penafidelenses nunca tenham deixado de procurar o seu mortífero contra-ataque. Embora sem nunca ter assumido o comando do marcador, os insulares não repetiram os maus momentos da primeira parte, deixando tudo em aberto para o quarto e decisivo período (52-57). O derradeiro quarto ficou marcado pela ineficácia ofensiva da equipa insular, que depois de se ter colocado a apenas 2 pontos de distância (60-62), esteve cerca de 4.30 minutos sem converter qualquer ponto. Isso possibilitou que os penafidelenses se destacassem no marcador e atingissem a dezena de pontos (60-70), com um lançamento de 2 pontos de Mário Gonçalves, a esgotarem-se os 24 segundos de tempo de ataque. A menor frescura física dos açorianos talvez possa explicar a quebra ofensiva da equipa, perante um adversário muito bem organizado, digno vencedor desta meia-final da Taça Federação Proliga. Para o triunfo dos penafidelenses muito contribuíram as boas prestações de Sidney Holmes (7 pontos, 10 ressaltos e 5 roubos de bola) e João Pereira (16 pontos, 3 ressaltos e 2 assistências). Nos açorianos, evidenciou-se a capacidade ressaltadora (13) e intimidadora (5 desarmes de lançamento) de Marcel Jr. (11 pontos) e ainda Daniel Monteiro (15 pontos, 7 assistências e 5 roubos de bola) pelo que jogou e fez jogar. O técnico vencedor Valentyn Melnychuk, destacava no final da partida a importância de se realizar aquilo que se prepara durante a semana de trabalho. “Digo sempre aos meus atletas no balneário que é fundamental fazer o trabalho de casa. Para além disso, mais importante do que respeitar o trabalho adversário, é preciso respeitar o nosso próprio trabalho.” Já para Luís Brasil o mau inicio de jogo, bem como a limitada rotatividade do seu plantel ditou o vencedor desta meia-final. “Julgo que o primeiro período marcou o jogo. Entramos muito mal na partida permitindo que o Penafiel construísse uma vantagem de 19 pontos, que nos obrigou a um esforço suplementar. Depois a grande diferença foi a forma como o Penafiel geriu o seu banco, e a impossibilidade da nossa parte para poder fazer o mesmo. De qualquer forma ficamos muito felizes por ter aqui chegado, agora queremos vencer os dois do campeonato que ainda temos, para alcançarmos 5 vitórias este mês.”
Penafiel vence Taça da Federação Proliga
Equipa de Melnychuk derrota Barcelos na final
O CBP/Sentir Penafiel foi o grande vencedor da primeira edição da Taça Federação Proliga, derrotando, numa final emotiva, que teve lugar em Ponte de Sor, o Basquete Barcelos, por 70-65. A equipa liderada por Valentyn Melnychuk não pára de surpreender, afirmando-se cada vez mais como um dos potenciais candidatos ao título da Proliga. Para esta final o técnico da equipa de Barcelos não pôde contar com o lesionado Bártolo Dias, que não recuperou da entorse contraída no jogo da meia-final do dia anterior, bem como com o extremo Sérgio Correia, foi punido com 3 jogos de suspensão em partida a contar para o campeonato da Proliga. O primeiro período desta final teve 3 fases distintas. Num inicial poder-se-á dizer de estudo mútuo, em que as duas equipas se equivaleram, ao que se seguiu o melhor período do Penafiel, exibindo as armas que lhe valeram a passagem à final, ou seja, defesa agressiva, sobremarcação das linhas de passe, saídas rápidas para o contra-ataque, sempre em vantagem numérica. Depois da paragem pedida pelo técnico barcelense, José Ricardo, quando a sua equipa perdia por 9-14, seguiu-se uma fase de grande ascendente dos minhotos – parcial de 11-0 – operando a reviravolta no marcador (20-14). Até final do período os penafidelenses recompuseram-se reduzindo a diferença para apenas 2 pontos (18-20). No segundo quarto, foi mais evidente a tentativa dos pupilos de Valentyn Melnychuk em explorar o seu jogo interior, quer através dos seus jogadores interiores, como dos extremos, já que dispunham de vantagem em termos de estatura. Do lado oposto, a maturidade do base Carlos Fechas, quase sempre a colocar a equipa ao ritmo que mais lhes convinha, foi mantendo sempre o Barcelos na discussão do resultado, coincidindo com constantes alternâncias no comando do marcador. Na parte final da primeira parte, dois erros consecutivos por parte do Barcelos – falta em acto de lançamento de 3 pontos, seguido de um turnover na reposição da bola em jogo após cesto sofrido – permitiram aos penafidelenses afastarem-se no marcador, recolhendo aos balneários a vencer 9 pontos (44-35), a maior diferença que se registou durante toda a 1ª parte.
Motivação vs frustração
Para a segunda parte as equipas entraram em campo com estados de espírito bem distintos. Se o Penafiel surgia motivado pela forma como terminou a 1ª parte, já do lado do Barcelos o grupo demonstrava ainda alguma frustração pelos recentes maus momentos vividos. Mas tudo se alteraria à passagem do quinto minuto – 53-39 favorável ao Penafiel – com os minhotos a renascerem para a partida, ultrapassando a fase mais amorfa que tinham evidenciado nos primeiros minutos. Passando a defender deforma mais agressiva, o Barcelos teve o mérito de condicionar o ataque adversário, conseguindo um parcial de 13-4 na segunda metade do período. Com o resultado em 56-52, favorável ao Penafiel no final do 3º período, estava tudo em aberto para o derradeiro quanto ao vencedor deste troféu. À passagem do 3º minuto, a euforia barcelense começou a dar lugar ao cansaço e ao desgaste de uma competição de 2 dias seguidos, onde a maioria do tempo de jogo recaiu sobre os mesmos jogadores. Aos poucos a turma de Penafiel foi conseguindo distanciar-se no marcador, contando ainda com a ajuda da desqualificação de Pedro Silva a 4.43 minutos do final do encontro, altura em que já vencia, por 61-53. Mas quando tudo parecia correr de feição ao Penafiel um triplo de John Winchester (59-63) foi o mote para mais uma recuperação do Barcelos, que obrigou o técnico Valentyn Melnychuk a interromper a partida quando faltavam 2.44 minutos para o final do encontro, já que a vantagem de que dispunha já só era de 2 pontos (63-61). Apesar de nunca terem passado para o comando, os comandados de José Ricardo discutiram o resultado até final, que assumiu contornos definitivos quando o extremo penafidelense João Soares, converteu 2 pontos (excelente movimento) a 20 segundos do termo, dando uma vantagem de 5 pontos à sua equipa (69-64). O Penafiel acabou por ser o grande vencedor desta Taça Federação Proliga, frente a um Barcelos que vendeu cara a derrota, demonstrando sempre um grande espírito de entrega, nunca se dando por vencido. Neste enorme êxito do Penafiel, é justo destacar-se a exibição do norte-americano Sidney Holmes (31 pontos, 13 ressaltos, 8 roubos de bola e 4 assistências), que foi grande tanto nos aspectos ofensivos como defensivos da equipa. O seu compatriota James Grabowski (6 pontos, 10 ressaltos e 4 roubos de bola), embora não tendo sido tão exuberante, foi de uma utilidade extrema. No conjunto de Barcelos, o extremo John Winchester (33 pontos, 3 ressaltos, 3 assistências e 3 roubos de bola) tudo fez para vencer esta Taça.
Trabalho recompensado
Após o jogo o treinador Valentyn Melnychuk sentia-se feliz, não só por si, como principalmente pelos seus atletas. “Trabalha-se muito e bem durante os nossos treinos, mas alguns jogadores têm hábitos errados, que são muito difíceis de ultrapassar. Com muito sofrimento nos dois jogos conseguimos vencer esta Taça. Mas continuo a pensar que é muito importante existir um movimento de retorno na minha ligação com os meus jogadores para que possa continuar a ajudá-los a tornarem-se melhores atletas. Continua a ser muito importante manter o trabalho, porque só vencemos um troféu e ainda temos a 2ª volta para jogar. Fiquei muito satisfeito porque no meu primeiro ano de LCB venci uma Taça com o Seixal , agora volto a repetir esse feito em ano de estreia na Proliga. Na minha idade dá gosto, dá muito prazer o teu trabalho ser recompensado com vitórias. “ Para o MVP da final, o norte-americano Sidney Holmes, a vitória sempre foi o seu objectivo. “Agradeço aos adeptos do Penafiel pelo facto de terem vindo até aqui apoiar-nos na final, que confesso sempre pensei vencer. Estou muito feliz pelo facto de a equipa ter conquistado esta Taça, mas isto só vem provar que quando jogamos como equipa somos difíceis de bater.” O treinador derrotado, José Ricardo, apesar do desaire, manifestou total confiança na equipa. “Julgo que, tal como aconteceu ontem ao Lusitânia, hoje fomos nós que não fomos capazes de passar para o comando do marcador. Tivemos vários momentos no jogo para passar para a frente, mas a verdade é que nunca conseguimos. Esse factor, em termos anímicos, poderia ter sido decisivo para ultrapassar a fadiga causada pela nossa menor rotatividade de jogadores.”
in fpb
Equipa de Melnychuk na final da Taça da Proliga
Na segunda meia-final do dia, o CBP/Sentir Penafiel garantiu a presença na final deste domingo da Taça da Federação da Proliga, ao derrotar o Lusitânia, por 72-62. A equipa penafidelense continua a somar bons resultados, apresentando-se nesta final moralizada pelo bom desempenho conseguido, em particular na parte inicial da partida. Impressionou a forma determinada como a equipa de Penafiel iniciou a partida. Com uma defesa muito agressiva, interpretando muito bem os conceitos de ajuda e rotações defensivas, e no ataque a demonstrarem grande acerto nos lançamentos de campo, a diferença de 13 pontos (27-14) que se registava no final do 1º período, só não era mais dilatada graças ao desempenho ofensivo do base insular Daniel Monteiro. Mas não foi só no primeiro quarto que os penafidelenses evidenciaram agressividade. Denotando grande capacidade física, os comandados de Valentyn Melnychuk não aliviaram a grande pressão defensiva, colocando grande problemas ao ataque açoriano, enquanto ia desgastando o curto plantel dos insulares (apenas sete jogadores ). A vantagem chegou a subir aos 19 pontos (22-41), mas um parcial de 11-0, favorável ao Lusitânia, reequilibrou a marcha do marcador (33-41). Demorou algum tempo a estabilizar, mas aos poucos, sempre com Daniel Monteiro no comando das operações, agora mais a criar para os seus companheiros, o Lusitânia relançou o encontro depois deste parecer já ter o rumo tomado. A segunda parte desenrolou-se mais de acordo com as pretensões da equipa açoriana, já que o jogo passou a jogar-se mais em situações de ataque planeado, embora os penafidelenses nunca tenham deixado de procurar o seu mortífero contra-ataque. Embora sem nunca ter assumido o comando do marcador, os insulares não repetiram os maus momentos da primeira parte, deixando tudo em aberto para o quarto e decisivo período (52-57). O derradeiro quarto ficou marcado pela ineficácia ofensiva da equipa insular, que depois de se ter colocado a apenas 2 pontos de distância (60-62), esteve cerca de 4.30 minutos sem converter qualquer ponto. Isso possibilitou que os penafidelenses se destacassem no marcador e atingissem a dezena de pontos (60-70), com um lançamento de 2 pontos de Mário Gonçalves, a esgotarem-se os 24 segundos de tempo de ataque. A menor frescura física dos açorianos talvez possa explicar a quebra ofensiva da equipa, perante um adversário muito bem organizado, digno vencedor desta meia-final da Taça Federação Proliga. Para o triunfo dos penafidelenses muito contribuíram as boas prestações de Sidney Holmes (7 pontos, 10 ressaltos e 5 roubos de bola) e João Pereira (16 pontos, 3 ressaltos e 2 assistências). Nos açorianos, evidenciou-se a capacidade ressaltadora (13) e intimidadora (5 desarmes de lançamento) de Marcel Jr. (11 pontos) e ainda Daniel Monteiro (15 pontos, 7 assistências e 5 roubos de bola) pelo que jogou e fez jogar. O técnico vencedor Valentyn Melnychuk, destacava no final da partida a importância de se realizar aquilo que se prepara durante a semana de trabalho. “Digo sempre aos meus atletas no balneário que é fundamental fazer o trabalho de casa. Para além disso, mais importante do que respeitar o trabalho adversário, é preciso respeitar o nosso próprio trabalho.” Já para Luís Brasil o mau inicio de jogo, bem como a limitada rotatividade do seu plantel ditou o vencedor desta meia-final. “Julgo que o primeiro período marcou o jogo. Entramos muito mal na partida permitindo que o Penafiel construísse uma vantagem de 19 pontos, que nos obrigou a um esforço suplementar. Depois a grande diferença foi a forma como o Penafiel geriu o seu banco, e a impossibilidade da nossa parte para poder fazer o mesmo. De qualquer forma ficamos muito felizes por ter aqui chegado, agora queremos vencer os dois do campeonato que ainda temos, para alcançarmos 5 vitórias este mês.”
Penafiel vence Taça da Federação Proliga
Equipa de Melnychuk derrota Barcelos na final
O CBP/Sentir Penafiel foi o grande vencedor da primeira edição da Taça Federação Proliga, derrotando, numa final emotiva, que teve lugar em Ponte de Sor, o Basquete Barcelos, por 70-65. A equipa liderada por Valentyn Melnychuk não pára de surpreender, afirmando-se cada vez mais como um dos potenciais candidatos ao título da Proliga. Para esta final o técnico da equipa de Barcelos não pôde contar com o lesionado Bártolo Dias, que não recuperou da entorse contraída no jogo da meia-final do dia anterior, bem como com o extremo Sérgio Correia, foi punido com 3 jogos de suspensão em partida a contar para o campeonato da Proliga. O primeiro período desta final teve 3 fases distintas. Num inicial poder-se-á dizer de estudo mútuo, em que as duas equipas se equivaleram, ao que se seguiu o melhor período do Penafiel, exibindo as armas que lhe valeram a passagem à final, ou seja, defesa agressiva, sobremarcação das linhas de passe, saídas rápidas para o contra-ataque, sempre em vantagem numérica. Depois da paragem pedida pelo técnico barcelense, José Ricardo, quando a sua equipa perdia por 9-14, seguiu-se uma fase de grande ascendente dos minhotos – parcial de 11-0 – operando a reviravolta no marcador (20-14). Até final do período os penafidelenses recompuseram-se reduzindo a diferença para apenas 2 pontos (18-20). No segundo quarto, foi mais evidente a tentativa dos pupilos de Valentyn Melnychuk em explorar o seu jogo interior, quer através dos seus jogadores interiores, como dos extremos, já que dispunham de vantagem em termos de estatura. Do lado oposto, a maturidade do base Carlos Fechas, quase sempre a colocar a equipa ao ritmo que mais lhes convinha, foi mantendo sempre o Barcelos na discussão do resultado, coincidindo com constantes alternâncias no comando do marcador. Na parte final da primeira parte, dois erros consecutivos por parte do Barcelos – falta em acto de lançamento de 3 pontos, seguido de um turnover na reposição da bola em jogo após cesto sofrido – permitiram aos penafidelenses afastarem-se no marcador, recolhendo aos balneários a vencer 9 pontos (44-35), a maior diferença que se registou durante toda a 1ª parte.
Motivação vs frustração
Para a segunda parte as equipas entraram em campo com estados de espírito bem distintos. Se o Penafiel surgia motivado pela forma como terminou a 1ª parte, já do lado do Barcelos o grupo demonstrava ainda alguma frustração pelos recentes maus momentos vividos. Mas tudo se alteraria à passagem do quinto minuto – 53-39 favorável ao Penafiel – com os minhotos a renascerem para a partida, ultrapassando a fase mais amorfa que tinham evidenciado nos primeiros minutos. Passando a defender deforma mais agressiva, o Barcelos teve o mérito de condicionar o ataque adversário, conseguindo um parcial de 13-4 na segunda metade do período. Com o resultado em 56-52, favorável ao Penafiel no final do 3º período, estava tudo em aberto para o derradeiro quanto ao vencedor deste troféu. À passagem do 3º minuto, a euforia barcelense começou a dar lugar ao cansaço e ao desgaste de uma competição de 2 dias seguidos, onde a maioria do tempo de jogo recaiu sobre os mesmos jogadores. Aos poucos a turma de Penafiel foi conseguindo distanciar-se no marcador, contando ainda com a ajuda da desqualificação de Pedro Silva a 4.43 minutos do final do encontro, altura em que já vencia, por 61-53. Mas quando tudo parecia correr de feição ao Penafiel um triplo de John Winchester (59-63) foi o mote para mais uma recuperação do Barcelos, que obrigou o técnico Valentyn Melnychuk a interromper a partida quando faltavam 2.44 minutos para o final do encontro, já que a vantagem de que dispunha já só era de 2 pontos (63-61). Apesar de nunca terem passado para o comando, os comandados de José Ricardo discutiram o resultado até final, que assumiu contornos definitivos quando o extremo penafidelense João Soares, converteu 2 pontos (excelente movimento) a 20 segundos do termo, dando uma vantagem de 5 pontos à sua equipa (69-64). O Penafiel acabou por ser o grande vencedor desta Taça Federação Proliga, frente a um Barcelos que vendeu cara a derrota, demonstrando sempre um grande espírito de entrega, nunca se dando por vencido. Neste enorme êxito do Penafiel, é justo destacar-se a exibição do norte-americano Sidney Holmes (31 pontos, 13 ressaltos, 8 roubos de bola e 4 assistências), que foi grande tanto nos aspectos ofensivos como defensivos da equipa. O seu compatriota James Grabowski (6 pontos, 10 ressaltos e 4 roubos de bola), embora não tendo sido tão exuberante, foi de uma utilidade extrema. No conjunto de Barcelos, o extremo John Winchester (33 pontos, 3 ressaltos, 3 assistências e 3 roubos de bola) tudo fez para vencer esta Taça.
Trabalho recompensado
Após o jogo o treinador Valentyn Melnychuk sentia-se feliz, não só por si, como principalmente pelos seus atletas. “Trabalha-se muito e bem durante os nossos treinos, mas alguns jogadores têm hábitos errados, que são muito difíceis de ultrapassar. Com muito sofrimento nos dois jogos conseguimos vencer esta Taça. Mas continuo a pensar que é muito importante existir um movimento de retorno na minha ligação com os meus jogadores para que possa continuar a ajudá-los a tornarem-se melhores atletas. Continua a ser muito importante manter o trabalho, porque só vencemos um troféu e ainda temos a 2ª volta para jogar. Fiquei muito satisfeito porque no meu primeiro ano de LCB venci uma Taça com o Seixal , agora volto a repetir esse feito em ano de estreia na Proliga. Na minha idade dá gosto, dá muito prazer o teu trabalho ser recompensado com vitórias. “ Para o MVP da final, o norte-americano Sidney Holmes, a vitória sempre foi o seu objectivo. “Agradeço aos adeptos do Penafiel pelo facto de terem vindo até aqui apoiar-nos na final, que confesso sempre pensei vencer. Estou muito feliz pelo facto de a equipa ter conquistado esta Taça, mas isto só vem provar que quando jogamos como equipa somos difíceis de bater.” O treinador derrotado, José Ricardo, apesar do desaire, manifestou total confiança na equipa. “Julgo que, tal como aconteceu ontem ao Lusitânia, hoje fomos nós que não fomos capazes de passar para o comando do marcador. Tivemos vários momentos no jogo para passar para a frente, mas a verdade é que nunca conseguimos. Esse factor, em termos anímicos, poderia ter sido decisivo para ultrapassar a fadiga causada pela nossa menor rotatividade de jogadores.”
in fpb
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